quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO- 7° D

Atenção, copie o exercício no caderno, pois faremos a correção na sala de aula.



A CORUJA E A ÁGUIA

Coruja e águia, depois de muita briga resolveram fazer as pazes.
__Basta de guerra — disse a coruja.
— O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
— Perfeitamente — respondeu a águia.
— Também eu não quero outra coisa.
— Nesse caso combinemos isso: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
— Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
— Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial, que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.
— Está feito! — concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.
__ Horríveis bichos! — disse ela. — Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi ajustar contas com a rainha das aves.
__Quê? — disse esta admirada. — Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste…
Moral da história: Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Já diz o ditado: quem ama o feio, bonito lhe parece.
                                                         Fábulas, Monteiro Lobato, São Paulo.
CONSTRUINDO O SENTIDO DO TEXTO
01. Quem são os personagens principais?
02. A fábula tem algumas características especiais. Quais são elas?
03. Como a coruja descreveu seus filhotes?
04. Por que a águia não reconheceu os filhotes da coruja?
05. Segundo a moral, há uma diferença no modo de as pessoas perceberem as outras. Explique.
06. Transcreva uma fala de cada personagem do texto.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO- 8°ANO A/B




Não despertemos os Leitores


Os leitores são, por natureza, dorminhocos. Gostam de ler dormindo.
Autor que os queira conservar não deve ministrar-lhes o mínimo susto. Apenas as eternas frases feitas.
"A vida é um fardo" - isto, por exemplo, pode-se repetir sempre. E acrescentar impunemente: "disse Bias". Bias não faz mal a ninguém, como aliás os outros seis sábios da Grécia, pois todos os sete, como há vinte séculos já se queixava Plutarco, eram uns verdadeiros chatos. Isto para ele, Plutarco. Mas, para o grego comum da época, deviam ser a delícia e a tábua de salvação das conversas.
Pois não é mesmo tão bom falar e pensar sem esforço? O lugar-comum é a base da sociedade, a sua política, a sua filosofia, a segurança das instituições. Ninguém é levado a sério com ideias originais.
Já não é a primeira vez, por exemplo, que um figurão qualquer declara em entrevista:
"O Brasil não fugirá ao seu destino histórico!"
O êxito da tirada, a julgar pelo destaque que lhe dá a imprensa, é sempre infalível, embora o leitor semidesperto possa desconfiar que isso não quer dizer coisa alguma, pois nada foge mesmo ao seu destino histórico, seja um Império que desaba ou uma barata esmagada.

(QUINTANA, Mário. Prosa & Verso. 6. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 87)

1. Defina, com suas palavras, um leitor dorminhoco.

2. Como você se classificaria: um leitor dorminhoco, um leitor semidesperto ou um leitor atento? Justifique.


Fonte: http://leituraseatividades.blogspot.com.br/


BEM-VINDOS A MAIS UM ANO LETIVO!


MEUS MELHORES AMIGOS... QUERO COMPARTILHÁ-LOS COM VOCÊS!

O LIVRO

     Tenho amigos como ninguém os tem melhores. Moram em minha casa, mas ocupam muito pouco espaço. Estão todos no escritório, e de lá não saem se eu não quero que saiam.Nunca são importunos. Não pedem coisa alguma e assim nenhum incômodo me dão. Quando quero que falem, falam, mas só fala um de cada vez. Quando estou bem disposto, e quero passar o tempo, fazem-me narrações de viagens interessantes; informam-me da história dos diversos povos; falam-me de animais, de plantas, de mil coisas diversas. Respondem a tudo quanto lhes pergunto, sem precipitação, com calma, de modo que eu fique sabendo bem. E, quando um não sabe, pergunto a outro, raras vezes fico sem resposta. Depois que saí da escola, foram eles que me ensinaram quase tudo o que eu tenho aprendido. Nunca se cansam de falar e nunca falam demais.
       E como dão pouco incômodo! Imaginem que eles não comem, não bebem, não dormem, e por isso não precisam de mesa, nem de cama, nem de copos, pratos e talheres...nada. Em tendo um cantinho para estar, não lhes falta nada. Mas ainda não é tudo. Não gastam roupa e andam sempre bem vestidinhos. É verdade que eu tenho cuidado com eles.
      São amigos leais, incapazes de uma traição. Para gozar dos imensos benefícios que me emprestam, só preciso de uma coisa -- amá-los. Se não os amasse, estou certo de que não lhes ouviria nem mais uma palavra. Seriam como estátuas de mármore que só serviriam para enfeitar a casa.
     Já adivinharam quem são os meus leais amigos?Se adivinharam, procurem a amizade deles que não se arrependerão.